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Foto do escritorArmadura de Ester

A Pureza da Mulher Cristã

O tema deste mês ia ser: "Como ser uma mulher virtuosa?", mas esta semana eu deparei-me com um vídeo sobre a pureza da mulher cristã que me sensibilizou.

Este tópico sempre me intrigou, porque perder a virgindade antes do casamento parece ser uma espécie de pecado imperdoável, e antes que tirem conclusões precipitadas a minha opinião sobre a sexualidade é que esta é uma aliança fabulosa que Deus criou para ser partilhada por duas pessoas no casamento. No entanto, a forma como é passada a mensagem de pureza aos jovens, é totalmente distorcida. Estudos revelam que uma em cada três mulheres, e um em cada seis homens serão vítimas de abusos sexuais no seu tempo de vida. É sem dúvida muita gente. Tenta pensar como te sentirias se fosses uma daquelas vítimas. Como te sentirias se fosses abusada? Certamente que a primeira palavra que te vem à mente é: suja. É interessante pensar nisso porque é esta ideia que temos vindo a divulgar: virgindade e pureza estão intimamente ligadas. Então e aquelas pessoas que não tiveram escolha? E aqueles que simplesmente pecaram? A autora cristã Sarah Bessey escreveu no seu blog o que sempre ouviu por ser uma jovem que perdera a virgindade antes dos 19 anos:

“Sarah, a tua virgindade era um presente e tu desperdiçaste-o. Desperdiçaste a tua virtude por um momento de prazer. Distorceste os ideais de Deus sobre sexo, amor e casamento. Nunca te vais ver livre dos teus primeiros parceiros; aqueles rapazes vão perseguir o teu casamento como nós na alma. A tua virgindade pertencia ao teu futuro marido e tu roubaste-lha. Se – se! – alguma vez te casares vais ter um tremendo fardo para ultrapassar; arruinaste tudo. Nenhum homem com honra, ou de Deus, quererá casar contigo. És uma mercadoria corrompida, Sarah.”

Já não ouvimos nós estas mesmas palavras? É esta a mensagem que estamos a passar ao jovens? De que a pureza é uma via de uma mão só, e que uma vez perdida nunca será recuperada? Não diz a Bíblia que as misericórdias de Deus são renovadas a cada manhã? Mas nós, cristãos, temos o hábito de cobrar o pecado dos outros. Mais uma vez, não estou a dizer que explorarem a vossa sexualidade fora do casamento é normal e que não há consequências nenhumas nisso, porque há. Quero apenas alertar para a forma como abordamos este assunto, porque a ideia que estamos a passar é que a nossa virgindade pertence ao nosso futuro marido, como se o objetivo fosse preparar os jovens para o casamento. Principalmente quando poderá nem haver um futuro marido! Com esta ideia, a lógica natural daqueles que ficarão solteiros será: “Eu não tive um 'futuro esposo', logo não havia necessidade de me guardar para este suposto alguém. Devia ter aproveitado.” E não foi este o propósito de Cristo quando nos chamou para a castidade. Muitos jovens chegam ao casamento virgens porque têm medo de se tornarem numa ‘mercadoria corrompida’ e depois simplesmente não conseguem desfrutar da sua sexualidade por terem interiorizado tanta vergonha sobre o assunto, ao invés de perceberem que castidade é uma forma de sermos moldados pelo Espírito Santo. Estamos a passar a informação errada! A verdade é que guardar a nossa virgindade tem muito mais que ver com o nosso discipulado, e o nosso amor em obedecer a Cristo, do que com o nosso futuro marido. Guardar a tua virgindade está intimamente ligado com a forma como entregas todas as áreas da tua vida nas mãos de Deus, e a sexualidade é sem dúvida uma da mais importantes. Santidade não é algo que ou se tem, ou se perde. Santidade é lutar, perder, cair, levantar, sempre com Cristo ao nosso lado. É uma caminhada de crescimento. Fazermos do centro deste assunto um suposto futuro alguém é tirar Deus do Seu lugar, e desta forma distorcemos o Seu propósito.

“Canta alegremente, (…) Não temas (…) Porque o teu Criador é o teu marido.” Isaías 54:1,4,5
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